02
set
10

Quando o dia começa assim…

Época de eleição, prato cheio pra descolar aquele velho bico! Panfletagem, “seguradora” de placas em sinal, “tomadora de conta” de quadros com “santinho” na rua, baba ovo em comitê e muitas outras facetas laborais.

Show de bola!

Arrumei um desses aí… Fecha sinal, lá vai Elisa pro meio da rua com uma faixa colorida “Valdécito Clóvis para Governador, é 702121!!!” – Abre sinal, lá corre Elisa pro meio fio, se espremendo por entre aquelas palmeiras miseráveis que o povo planta num local de refúgio de pedestres… Santa noção!

Estou eu indo ao comitê do tal “702121”, pego aquele busão lotado que só a porra, cheio de caba fedido que parece que dormiu agarrado num gambá dos infernos… Até enxergar aquela “fumacinha” verde de desenho animado saindo do corpo dos porcos eu enxergo… Mas, tudo bem, continuo tranqüila e calma (tento!).

Um filho da puta começa a “relánimim” e eu dou uma cotovelada no fresco com o braço direito, que até o cotovelo do esquerdo doeu de tão “pá se fudê” que foi o golpe… Sem dó nem piedade! Depois me aparece um pirralho que o pai acha de colocar bem na minha frente… O filho de uma égua foi pisando nos meus pés desde que entrou naquele transporte agradável, até descer na tal escola… Puta que pariu! Eu, com uma unha encravada até meu rêgo, fui ao céu e voltei mais vezes do que vou numa noite com Betão!

Bom, nada pior pode acontecer, no ne vero??? – Adoro Passione!!!

Eis que entra uma peste em forma de mulher, nanica dos infernos, com um bucho pendurado por cima de uma calça mais brilhosa do que letreiro de Motel, mais colada que os cunhos do Betão no episódio do leite condensado e mais de feira do que xêpa… A Quenga decide alojar-se atrás de mim, saca a porra do celular Ching Ling e liga o som dessa arma bem alto, em pleno ônibus lotado e ainda fica selecionando as pérolas que porá para nós, trabalhadores sofridos, ouvirmos caladiiiiinhos, sem direito de escolha e/ou reclamações! Meus amigos, se há um cúmulo do absurdo, eis que se apresenta bem aqui, diante dos seus olhos, através de minha sofrida narração… A puta acordou e disse “Hoje vou fazer 36 pessoas sentadas e 25 pessoas em pé sofrerem até a morte!!!”

Só pode!!!

Quando minha cabecinha vermelha púrpura Nutrisse Garnier parecia não acreditar no que TENTAVA processar, ouço:

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

Puuuuta que o pariu!!! Meu irmão, velho… É mentira, né??? Vai, vai… Alguém me livre dessa dor e diz que não estou ouvindo isso!!! Pior! Me diz que não ouvirei isso por uns 4 minutos da minha triste (a partir de agora) existência! Me diz! Me diz!

E a porra não parava de tocar… Alguma alma boa me diz que não tem repeat em celular! Me diz! Me diz!

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

Eu não aguentaaaaava mais!!! Comecei a ter visões do inferno… De repente, passa nas minhas vistas a porra da Joelma com suas botas achadas do Judas, sacudindo aqueles cabelos que eu juro que sinto o cheiro de Kolene quando a vejo pela TV, rebolando aquele corpo esculpido pelos melhores cirurgiões do Pará e cantando, que dizer, gritando uma de suas músicas…

Mas, não! Parecia pior que isso! Nem “Xóelma” era! Era um triste de um caba fanhoso que só tem jeito praquela voz se arrancar fora a peste do seu nariz! E ele não parava…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

E eu não deixava de ter visões da “Xóelma” correndo de um lado pro outro, do Chimbinha com seu topete descolorido serelepando pelo palco… E a porra tocando…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

E o suor descendo, o caba “relanimim”… E a porra tocando…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

… O peste do pirralho pisando na minha unha encravada, o cu piscando de dor, as visões voltando… Até os cabelos da “Xóelma” açoitaram minha face… E o cunhão tocando…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

O brilho da calça da Quenga-carro-de-som encandeando minhas retinas cansadas, embaçadas de angústia e sofrimento… A vista escurecendo, já não sentia mais meus pés… E a porra tocando…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

Eu já não distinguia o que era visão, o que era real… Quando aproveitei a passagem do Chimbinha na minha frente e tentei puxar sua guitarra numa tentativa de assassinar aquele ser iluminado pelo cão que resolveu nos proporcionar a pior viagem já feita em um “Barro/Macaxeira – Via Várzea”!!!

Pensei: Desisto! Não tenho mais forças para lutar contra esse mal! Vou me entregar! Vou seguir a luz no fim do túnel que estou vendo… Me rendo! Se o peste repetir mais uma vez…

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

Ai minha Nossa Senhora das Músicas Paraenses… Valei-me! Ao menos só por hoje!

“DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ! DONA MARIA QUE DANÇA É ESSA? É O CARIMBÓ É O CARIMBÓ”

Não estou agüentando mais… Não tenho mais forças para sobreviver a esta manhã catastrófica! Caralho! Caralho! Já não sei mais o que digo ou penso… Não sei se penso ou deliro… Quando acho que a guerra acabou para mim, ouço o melhor som de todos os tempos!

– Pi-pi-pi!

Em seguida, a verdadeira música para os meus ouvidos nesta manhã:

– Puta que o pariu! A bateria do meu celular acabou! Como pode? Carreguei esse cunhão ontem de noite!!!

Só me resta dizer: SALVE OS CHING LING’S!!!!

Elisa Sentustão.

19
jul
10

Rapadura é doce, mas né mole não!


Ainda no alto dos meus 17 anos, “me perdi”, como diria minha avó, com Betão Pé de Mesa. Já se passaram 10 anos e, entre idas e vindas, estou eu, solitária… pensando em Betão… ah… bons tempos!
A gente se encontrava debaixo do viaduto Ulisses Guimarães, na Estância (bairro bom da peste!) e ia pro “Motel Me Descubra”… nunca soube o porquê desse nome, mas quem quer saber?
Eu e Betão rachávamos a conta… mas, só saíamos depois da cortesia das 15h. Tábua de frios… até ovo de codorna tinha! Veja que beleza! Tooome ovo de codorna! E tooome vitalidade ao Betão amado meu!
Nós éramos “novinhos” e tínhamos recursos escassos (acho chique essa expressão!). Eu, vendia Avon e Demillus, e, com essa grana(pouca), dava pra dar uma ajuda na conta do Motel com Betão. Ele era segurança da Casa Lotérica vizinha ao meu prédio e ganhava mó dinheiro! (Ô!) Eu achava…
Uma vez, assistindo ao excepcional show de interpretação/produção da “saga” de Emanuelle (em Paris, no Shopping, em Nova York…) nas madrugadas de sábado no Cine Privè, na Band (lembram???) tive a brilhante idéia de copiar umas coisas usadas para incrementar o coito (essa é chique!) e vamo que vamo no “Me Descubra” apimentar essa relação!
Virei pro Betão e disse:
– Fofo, trouxe uma lata de leite condensado para nos brear, nos melecar, nos amassar, nos lambuzar (…)
Me interrompendo (detesto!)…
– Oi? Elisa, porra, essa merda grudenta me dá agonia! Rola não, rola não!
– Puta que pariu, velho! Gastei R$ 1,57 numa merda dessa pra tu num querer usar? Roubei abridor de lata do Bar de Zeta, entoquei essa merda em lugares nunca dantes navegados (até meu 19º aniversário) e tu vem com essa frescura do caralho de não querer melhorar o que já é bom??? De onde tu és???
Quando eu era fina, delicada, gentil e agradável com ele assim, rapidinho ele entendia… e logo eu conseguia…
– Minha irmã, Elisa, se tu contar a algum dos caba da sinuca de Zeta que eu melequei uma porra doce nesse corpo sarado e suado nunca mais tu pega moral no carona da minha moto. Beleza?
– Meu irmão, num deu pra perceber pelas minhas unhas e roupas que sou discreta?
Prefiro não comentar sua resposta… vamos seguindo…
Depois de uma tarde de amor… nos “breando”, nos embolando, nos melecando… Era leite condensado das minhas pestanas até os cabelos do cu (na época não os retirava). Eu tava toda “preguenta”, toda doce, toda empolgada com minha idéia genial de copiar a tal Emanuelle…
Pensei: Putz! Tá dando certo! O Betão também ta curtindo… que viagem… que delícia… ai ai ui ui… “Dá-lhe! Dá-lhe! Tá gostoso!”…
Betão adora quando digo isso… ele diz que pareço uma cantora de Axé em cima do trio… (vai entender…)
Acabamos tudo e depois de um longo suspiro… levanto-me pro banho…
– Fofo, já volto.
Senti de leve uma puxada nos cabelos do cu…
– Que porra é essa? Ah… O leite condensado grudou o lençol bem no meu rego…
Calma, Elisa… nada pode estragar essa tarde perfeita! Relaxa as bandas da bunda, fica atenta pra não peidar e solta levemente o danado do lençol tentando não arrancar os cabelos do cu junto…
Tudo certo! Só um susto…
Quando entro no gélido banheiro e abro o registro… Começou o inferno na terra… Foi dada a largada: Sem água!!!
– PUTAQUEOPARIUUUUU!!! Essa porra tá sem água! Como vou tirar essa gosma melequenta desse corpinho que Deus esculpiu à mão???
Mêeeeiiirmãaao, doido!
Fudeu tudo! Nessa porra mal tem ventilador, frigobar com água mineral era luxo de primeira classe! Tomei no cu sem cuspe e com areia prateada!
E agora, véi??? Se eu lamber mais do que Betão já fez, corro o risco de sair grudando mais que Super Bonder em prova do Big Brother! Rola não, mô véi… tomei no cu, só isso! Meus pentelhos já estão caramelando! Mal consigo levantar meus braços, com essa porra de cotovelo “breada”…
Que mico! Que vergonha! Como vou explicar isso ao Betão??? Ele vai vir com o clássico “Eu sabia que não daria certo!”
Me fudi (agora em todos os sentidos)!
Emputecida e mal paga, peguei um pote de Leite de Rosas que sempre ando com ele (coisas da minha mãe… diz que ajuda a remover os grudes do pescoço… poluição… sabe como é…) e danei a esfregar a porra do leite (dessa vez nada de condensado) e tentei, assim, tirar a gosma grudenta da minha pele juvenil.
Agora eu, com todo cuidado do mundo pra Betão não me ouvir resmungar da vida relando uma toalha dura de Motel com o “líquido precioso” herdado da minha mãe, e o fresco do Betão roncando feito uma peste, babando minha blusa pink recém comprada nas Lojas Tropical, com “as partes” enroladas nos lençóis encardidos e cheirando a água sanitária do nosso fantástico ninho de amor…
Putz!
– Betão Pé de Mesa, fofo, acorda que preciso ir embora! Tenho que levar um ventinho na minha cara ardida de tanto esfrega-esfrega…
Nada!
– ACORDA, PORCO DOS INFERNO!
Na-ho-ri-nha! Num disse que ele adora minha sutileza?!!
Quando ele se levanta (tenta)…
LEITE CONDENSADO FILHO DA PUTA! Agora sim tomei no cu…

… O lençol preso aos seus cunhões…

                                                                                   …Que beleza!!!

 Elisa Sentustão

02
dez
09

CASAMENTO É A TREVA!

 Porque as amigas resolvem casar hein? E porque resolvem convidar e exigir a nossa presença? Agora estou aqui, exausta por passar a manhã desenterrando os vestidos de festa do meu armário. Pior foi descobrir que engordei um tantinho nos últimos meses e aquele meu vestido vermelho maravilhoso está um pouco apertado. Até que o zíper fecha, mas parece mais que ele foi vestido à vácuo. Se eu for com ele e respirar, o bicho estoura. Tá bom! Pensei comigo mesma que daria tempo de correr no shopping e comprar um vestido mais confortável, ao menos respirável, aproveitando o fato que seria o último dia da virada do cartão. Estava tudo programado na minha cabeça e daria tudo certo, não fosse a minha querida chefe me dar duas toneladas de trabalho para fazer e tudo pra entregar tipo assim, ontem. Quase entro em desespero observando os ponteiros do relógio me engolindo. Lascou! Perdi o último dia do cartão, porque agora ele está com a fatura oficialmente vencida, perdi a paciência, o bom humor e a vontade de ir ao casamento. Na tentativa máxima do desespero, cheguei a conclusão de que tenho três dias para perder cerca de três quilos e ficar vestida confortavelmente no pedaço de pano vermelho. Com autorização até para respirar. Fazendo alguns cálculos rápidos, tenho que perder coisa de um quilo por dia, ou seja, só posso tomar água até sábado e a minha barriga já está roncando mais que cano de escape furado. Agora fico tentando me enganar afirmando para mim mesma que a fome é um estado de espírito. Tudo não passa de uma característica psicológica. Já começo a pensar em yoga, meditação e até hipnose para esquecer a fome. Se bem que, seria bacana ser hipnotizada com a indução de que não sentiria mais fome. Mas voltando a realidade, ferrou tudo! E como quem não tem cão, caça com gato, vou de Prozac mesmo. Em dose tripla. Mas antes deixa eu ler toda a bula pra saber se corro o risco de ingerir alguma caloria. E se nada funcionar para eu me livrar dos três quilinhos, vou apelar para um segundo vestido, que está curtíssimo (parece que eu não só cresci para os lados), mas quem liga? Está na moda mostrar a bunda mesmo.

Srta. Prozac

04
nov
09

DÉBITO MUITO X CRÉDITO ZERO

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É uma “delícia” abrir o contracheque no final do mês. Ainda mais quando você se dá conta que teve trezentos reais descontados e nem sabe ao certo o motivo. Pagar as milhares contas que se acumulam sobre a geladeira é melhor ainda quando se está lisa e o dinheiro precisa ser esticado. Fazer uni-duni-tê talvez não seja o método mais sensato de orquestrar a coisa. Luz, água e telefone viram então prioridade máxima, mas e a TV à cabo? Como sobreviver aos domingos com canais abertos que só oferecem Faustão e Gugu? Ô louco meu! Acho que é hora de se pensar em suicídio! Tá bom! Se esticar mais um pouquinho dá pra pagar a TV também, mas internet nem pensar. Talvez agora sim seja a hora de utilizar o uni-duni-tê. Contas pagas à parte e nem uma moedinha de sobra na bolsa, chega o momento do tá lisa, diga! É quando você de repente se dá conta que a água acabou, e beber da torneira NEM PENSAR. Antes morta por desidratação do que por infecção intestinal. Se bem que ao menos meus pais poderiam abrir um processo contra a Compesa, mas ainda assim prefiro continuar viva. Achando pouco, o cartão da passagem resolveu dar pau, aí não dá! Nossa Senhora dos lascados resolveu esquecer da minha pessoa, só pode. Já estou começando a achar que mês que vem não vou receber nem um real, porque se não conseguir chegar ao trabalho, como vou continuar empregada? É então que o irmão resolve ligar pedindo dinheiro emprestado, daqueles empréstimos que nunca são pagos, deu vontade de gargalhar. Só pode ser brincadeira dos céus, o morto tentando levantar o moribundo. Piora tudo quando as esperanças de grana extra vão sendo eliminadas. É a arte que deu um probleminha na gráfica e o cliente me pede paciência. É o pagamento da diária de um trabalho que atrasou e a empresa me pede mais uns dias de paciência e até o governo me bota na lista de espera da restituição do imposto de renda, com aquela mensagem ridícula de que meus dados estão em análise. Análise de quê? Libera logo a minha grana aê Excelentíssimo Presidente. E o pior é que sou eu que tenho que continuar a ter paciência. Puta merda! O meu termômetro da paciência já explodiu desde a olhada na porcaria do contracheque no final do mês passado…preciso de uma overdose de Prozac pra ontem ou vou morrer de abstinência de dinheiro.

Srta. Prozac

03
set
09

Dia do “cuduído”


Quando eu digo que pobre só se fode, o povo ainda fica na dúvida… pobre e mulher… eis uma péssima combinação! A gente quer ser chique de todo jeito, inventa as mais variadas loucuras sóooo pra ter um “Q” de artista global.

Estava eu, assistindo a um daqueles programas (extra)ordinários da tarde, quando vi uma entrevista da Katiuscia Canoro dizendo que se depilava etc. etc.

Pensei cá com meus botões: Ora! A atriz que dá vida à magnífica “Lady Kate” certamente tem bom gosto… vou imitá-la I-ME-DI-A-TA-MEN-TE!

E foi o que fiz…

Liguei pra uma amiga que fez curso de depilação no SENAC de Areias e perguntei:

– E aí, Alcyneide, beleza, mulher?”

– Pela estridência vocal, já sei, Elisaaaaa, sua gata do cabelo de fogo, tudo bem?

Essa minha amiga… sempre tentando falar difícil…

– Tuuudo, gata! Saudades… olha, to precisando de um favor seu… tens aí uma horinha pra dar aquela depilada na sua amiga aqui?

– Meniiiina, alooow, se não tivesse arrumava agorinha! Venha simbora, tô com um salãozinho, modesto e tal, aqui em Cavaleiro… corra que tô lhe esperando!

Mermão véi, Cavaleiro é pá se fudê… tenho que pegar dois ônibus e um metrô pra chegar nesse fim de mundo… ô inferno! Tudo pela beleza das celebridades…

– Ok, gata. Me diz aí o valor da facada, que vou sacar o dinheiro e vôo praí!

Caraio, quando ela me disse fiquei bege! Quinze conto, doido!

É, o que fazer? Fui procurar minha latinha do piu-piu em cima do guarda-roupas, onde escondo umas moedas para emergência… e, como disse, “saquei”o dinheiro… (Mentchi?!?)

Depois da maratona de lascada que fiz, com o tour pelas maravilhosas instalações do sistema de transporte metropolitano do Recife, cheguei finalmente ao tal “salãozinho” de minha amiga Alcy…

Comuniquei a Alcy minhas idéias de depilação, até então, nunca testadas por mim… resolvi arriscar…

– Gata, depila aí minhas pernas, por favor… tô de saco cheio daquele amarelo ovo terrível dos aparelhos de barbear que uso… pode meter bronca aí! Arroxa o nó!

Menina, ela esquentou aquela gosma cor de merda e danou-se a passar pela minha perninha de manequim(saracura) e tome-lhe puxar, tome-lhe puxar…

– PUTA QUE PARIU, DOR DA PEXXXXTE!

– Guenta firme mulher, tô já terminado aqui… vira pra eu tirar a parte de trás da perna…

Ok. Virei… e continuou a tortura… meu velho, o que é isso?!!! Deu vontade de pagar o triplo pra ela parar… me senti a própria escrava da Sibéria levando chicotada em praça pública, no sol quente de meio-dia, depois sendo lavada com água e vinagre Minhoto com sal…

Na Sibéria tinha escravos??? Ah… isso é o de menos…

Eu estava de vestidinho abalo, como sempre, curtinho e tal… daí quando tudo parecia estar chegando ao fim, Alcy, num golpe de vista infeliz, disse:

– Elisa, sua rapariga do cu cabelo, o que é isso, mulher??? Tá parecendo uma fusão da Chita com o King Kong! Que rabo cabeludo é esse?!? Você não sai daqui assim de forma nenhuma! Tire logo essa porra de calcinha pra eu dar um jeito nesse cu!

Eu: An!? Tô bege! Nunca fui tão afrontada assim… que ousadia dessa quenga… Chita??? Puta merda… botou pa fudê agora… pois ela não fala comigo mais assim… eu que vou botá pa “efe” nela…

– Oxe! E é? Tá grande assim, é? Ô filha… nem saquei dinheiro pra isso, ó! Fica pra próxima… Fiado, Deus me livre!

Medo da porra… essa merda quente no cu deve doer que só a porra… rola não, fera! Rola não…

– Amiga, o que é isso? Deus te livre… Deus te livre de uma picada de cobra! Isso sim! Além do mais só tem soro na Restauração… Nãaao se preocupe. Dou de cortesia, mas sair com o cu assim, você não sai!

To-me-i-no-cu!

Meu irmão, velho… Alcy esquentou a merda da cera e parecia querer colar meu rabo… passou pra lá, pra cá… e tome-lhe(tome-me) colher de pau no meu cu, pra espalhar a porcaria…

– CARAAAALHOOOOO!!!! FILHA DA PUTAAAAAA, TIRE ESSA MÃO DO MEU CU, SUA RAAAAPARIGA DE BOITÉ! QUENGA DOS INFERNO! FILHA DE MARIA MAIS EU! SUA ENVIAAAAAADA DO CÃO, PARE COM ESSA PORRA AÍ ANTES QUE SAIA AS TRIPA GAITERA PELO MEU BURAAAACO!!!

Meeeeeeu irmãaaaao que dor do caralho!!! Nem no meu primeiro anal com Betão. Quase que meu fígado saía também! Era um puxavante tão da peste que senti meu esôfago ser sugado como que por uma descarga de banheiro químico! Mô véi, eu sueeeei mais que pedreiro de laje de pobre! Apertei a maca com tanta força que quebrei três unhas postiças! E olhe que da última vez colei com Super Bonder que nem eu relando nas costas de Betão Pé de Mesa (recaídas acontecem) elas largaram do dedo… pense!

Só sei que doeu tanto essa peste, que fui pra casa determinada a cortar relações com Alcy… ao menos até passar a dor no cu…

Quando eu cheguei em casa, sentando “diladinhamente” e com o rabo coçando, tomei uma bandinha de Lexotan pra vê se me acalmava um pouco e esquecia o trauma daquela tarde infeliz…

Só acordei de manhã, com a seguinte e torturante dúvida:

VOU-CA-GAR-CO-MO???!!!

Caraio! Além de queda, coice! Já tava começando a dar aquelas cólicas matinais de praxe, o cu latejando de dor e querendo expulsar a merda pra fora… quando não agüentei mais e tive que arriar o barro.

Eu tava com cera pregada na minha perna ainda, quase fico grudada no vaso até o fim dos meus dias! Comecei a imaginar minhas noites de amor com Betão aqui no banheiro, os churrascos no meu quintal sendo transportados pra cá também, e toda a minha vida social sendo comprometida pela porra da cera que me fez viver eternamente grudada no vaso… triste fim…

Mas, aí a merda começou a sair… e ploft! – no vaso. Ploft! – no vaso… só sei que fiz umas bolinhas de cabra aí e depois liguei o chuveirinho para aliviar a tensão retal… owww frescorzinho bom da peste! Melhor que uva! Nunca mais pensei que fosse capaz de sentir meu rabo novamente… achei que depois do trauma, havia perdido a sensibilidade cuzal… até acordei com vontade de dar meu KY a Jhennyffer, já que não precisaria mais dele…

Só sei que quando fui me limpar, veio a grata surpresa… CARAAALHO QUE MARAVILHA! Tava já pensando que teria dificuldade no asseio porque caguei aquelas merdas que quando saem grudam no cu, fica meio pastoso… sabe? Enfim, me surpreendi! Num é que o cu pelado facilita a limpeza da região?

Ouxe! Fantástico! Por que não aderi à careca antes! Genial quem inventou raspar o cu! Quase tive vontade de fazer uma estátua de bronze do busto de Alcy pra colocar no meu banheiro… num é que a rapariga tinha razão? Cu raspado é o que há! Tudooooo.com.br.

Mais tarde ligo para fazer as pazes com ela… afinal, se curti cagando sozinha, imagine copulando com Betão!

… nois sofre, mas nois goza!

Elisa Sentustão.

28
jul
09

Chilli uma mierrrda!!!

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Realmente, tem gente que está predestinado a se lascar na vida…
Estava eu, linda, ruiva, unhas compridas pink “papai não to nem aí”, salto nas altuuuras “mamãe por que não cresci?”, vestidinho dona Fulô e cabelos ao vento, indo visitar uma amiga no Espinheiro, chiquéeerrima! Pense! Adoro visitar a Jhennyffer. É… começando pelo nome (me poupe!), ela teeenta ser chique, mas, como Elisa Sentustão, meu amor… Jamè! Mudou-se pra bairro de granfino depois que ganhou no “Pernambuco dá sorte”… vendeu a ruma de prêmios e foi-se embora!
Daí, quando cheguei, fui abordada na portaria por um magricela feioso que me deu um cupom. Bom, sei que esse lance de cupom é coisa de pobre, mas não resisti… putz! A pessoa lisa que só a porra, vai tentar ao menos fazer uma fezinha no acaso… enfim, tentei!
“Você está concorrendo a um jantar no Restaurante Chilli Picant and Red, com direito a acompanhante numa noite estrelada”. Nossa! Se até o céu esse povo controla, a comida deve ser show de bola! Claro! Mas, que porra é “Chilli Picant and Red”??? Ah! Xá pra lá! Eu e essa minha mania de adivinhar o sabor das comidas pelo nome na embalagem, a qualidade da roupa pelo nome da loja… até minha boa e velha cervejinha eu comecei a tomar porque gostei do nome… “Frevo”! Num lhe parece algo… animado, pra cima… bem verão mesmo?! Pois é… daí me a-pai-xo-nei pela gelada… (também, aquela ali só gelada messsmo!)
Entrei no AP de Jhenny e logo contei a novidade… ela obviamente se escalou pra “noitada” e eu a prometi que levaria… afinal, desde quando acabei com Betão Pé de Mesa, o mais perto que cheguei de alguém como namorado foi de Rogacicley abala Bangu, isso mesmo, o caba da cobrança…mas, aí é uma outra história…
Três dias depois me ligam:
– Senhora Elisa Sentustão?
– Ai meu Deus, se for cobrança, moço, vou logo avisando que tô lisa, lisa, lisa que só a peste!
– Não, não senhora! Sou da “Coma Bem Promoções e Eventos”, e a Senhora foi premiada com um jantar no Chilli Picant and Red e pode levar um acompanhante na noite da próxima terça-feira.
Puta que pariu, terça-feira é foda! Mas de graça, meu bem, vou até no domingo às 2h da manhã!
– Ok, amore. Terça-feira estarei eu lá, belíssima abalaaando as estruturas do seu Chilli!
– Oi? Han, tá senhora…até então!
Liguei imediatamente pra Jhenny e lá fomos…
Cheguei com meus cabelos mais vermelhos do que nunca! Usei Garnier Fructis Color Resist, cheirooooso que só a peste e deixa meu vermelho pá se fudê! Adoro chegar nos cantos e incensar o ambiente! Pus um perfuminho da Natura para ocasiões especiais… Abafo!!! Cheia de biju dourada (na sulanca tem cada uma óoootEma, o povo jura que é de verdade), pus um vestidinho black bem justinho, na altura dos joelhos porque aprendi que isso é fino, saltão platinado, batons longa duração (sabe aqueles que aparentam ser verde e quando você os põe é rosa des-lum-bran-te? Menina, dura que só a bexiga!), e logo um garçom nos pôs na melhor mesa!!! Pudera, numa terça-feira chuvosa (nada de céu estrelado) tinham apenas duas mesas ocupadas!
– Prato da casa, senhora?
– Claro, né? Ou você acha que eu traria de casa? Alooow!
Cara sem noção, mô véi. Isso é pergunta que se faça???
– Desculpe senhora, digo, deseja provar a especialidade do nosso restaurante? É um ganso laminado, com molho de gengibre e chilli picant and red.
– Humm…ops! Desculpe! Depois dessa, fico até sem jeito de recusar… claro! Pode trazer!
A Jhenny pediu um ganso laminado com molho de laranja mesmo… tu acha que eu pediria algo normalzinho assim? Oxe! Té parece! Tanto glamour, dias de espera… jantar 0800 e eu comeria porra de laranja? Neeem fo-den-do!
Lá vem o garçom, 45 minutos depois, com a peste do ganso ao chilli sei lá o quê e o tal “normalzinho” da minha amiga…
Minha filha, quando eu coloquei a primeira garfada na minha boca rosa púrpura ultra fixado, viajei por terras nunca d`antes navegadas…
PUTA QUE PARIUUUU! Que peste pra arder do caralho! Alguém me ajude peramordedeus!!!
Suei pra cacete, meus olhos se encheram d`água, a cabeça ferveu a garganta ardeu que parecia 3 litros de cana descendo devagar, minha mão começou a coçar e a queimar feito brasa!!! Meu irmãaaaaaao velho, que porra é essa? Alguém me tira do inferrrnooo! Me traz água, gelo, xilocaína, KY, a merda que for, mas me tira desse sufoco!!!
Minha filha, não demorou 5 minutos, me deu um suor no osso do mucumbuco, foi descendo pelo rego do cu e eu disse: Jhenny, filha, preciso ir ao Wanderley Cardoso i-me-di-a-ta-men-te! Cheguei lá com a pressa de um maratonista a 1 metros da chegada na São Silvestre, mô véi, que porra de chilli é esse? O que diabos é chilli, doido? Será que é matéria-prima do laxante, ou coisa assim?
Só sei que caguei até os cabelos do cu! Minha barriga roncava mais do que Betão Pé de Mesa, eu peidava mais do que a Elvira, Elvira Lata, minha cadelinha, e as cólicas que tive doeram mais do que minha primeira vez com Betão… olhe… que chilli do cão!
Também quando eu sai do W.C., puxei o garçom pelo gogó e disse:
– Cunhão, que porra é aquela que cê me deu? Sabe quantas pregas me sobraram depois de quase 2 horas de banheiro???
– Senhora, a senhora pediu ganso ao molho de chilli picant and red! E ainda mandou caprichar! Lembra?
Potaquepariu! Pobre é foda! Ô maniazinha desgraçada de ‘mandar caprichar’ em tudo que vai comer…
– Certo, filho(da puta), e que porra é essa que eu comi, finalmente?
– Senhora, foi ganso ao molho de pimenta super picante e vermelha… extraída das pimenteiras da região rochosa do México, onde lá é processada e blá blá blá…
Ai minha Nossa Senhora dos Cuduído, valei-me!
Nem deixei o moço continuar, vazei com Jhenny, abanando meu rabo (afinal, amiga é pra essas coisas), e sentei de ladinho no taxi até chegar em casa!
Me agarrei com um tubo de Hipoglós o resto da semana e me danei a tomar Imosec com suco de goiaba pra ver se parava de mijar pelo fundo!

Eu mereço…

Elisa Sentustão.

22
jul
09

FARTURA? FARTA É SORTE, FARTA É SORTE!!

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Porque existem aqueles dias em que não deveríamos nem ter saído da cama. Hoje, eu ainda não entendi como foi que me joguei para fora dela…

Há quem diga que dias de chuva são o máximo, que “esfriar” um pouco os dias áridos no nordeste é tudo o que se pode pedir. Pra mim, chuva é a treva. Como alguém pode gostar de tomar banho para ir trabalhar e tomar outro banho para chegar ao trabalho? Depois de me dar conta que eu não havia perdido a minha sombrinha, ela realmente não existia porque eu nem cheguei a comprar, me forcei a ir correndo para o ponto do ônibus. E como se não bastasse toda a chuva que levei na cabeça, a mesma que passei horas construindo um bonito penteado, um bom e velho banho de lama (de lei em dia de chuva), presente do motorista de ônibus feladaputa, encheu a minha manhã de “ânimo”.

Para melhorar o dia, minha chefe entra na redação bufando de raiva. Aff! Confesso que deu medo só em olhar para a cara feia dela. Alí tive a certeza de que sobraria pra mim. E não deu outra, passei horas sofrendo na correção de um texto sem pé nem cabeça para atualizar informações de um site. E não podia nem reclamar, quem manda eu não ser chefe para depositar as minhas frustrações nos outros? Meu pai bem que disse: Estude direito. Estudei tanto que passei em jornalismo. Agora entendo que o direito que ele dizia era o bacharelado. Enfim, tarde demais para lamentações. Já que tá no inferno mesmo, abraça o diabo.

Na hora de ir para casa pensei: nada pode ficar pior, certo? Errado! Banho, lama, correção de textos dislexos, o que pode ser pior que isso? Bom, primeiro a minha carona não foi trabalhar, daí esperei algo em torno de 2 horas para a porcaria do meu ônibus passar, cheguei em casa e a vizinha do andar de cima havia acabado de derrubar, não sei como, um prato de feijão bem no vidro da janela do meu quarto, que ficou fedendo a comida o resto do dia e o melhor é que ela não limpou. É ótimo ter vizinhos super educados!

Quando eu já estou rezando a Deus para ele parar de me torturar, me dou conta de que as garrafas da geladeira não têm uma gota d’água, mas é só encher, eu pensei, isso se tivesse água no filtro. Mas como é que pode a pessoa só comprar água quando acaba a última gota? Definitivamente Deus não está colaborando comigo. Pra quê água afinal? Esquentar a comida é uma boa, e aí acontece o derradeiro sinal de que se Deus existe ele hoje estava fazendo do meu dia o diabo, porque o gás também acabou. Tentando manter o bom humor e a influência das energias positivas, peguei o pacote de bolachas e me joguei na cama. Ao tentar ligar o aparelho da TV à cabo, a porcaria não funcionou. Putzgrila, não é possível! Até a porra da pilha acabou. Pensei rápido em tudo o que ainda tinha que fazer no restinho do dia, para evitar que até a minha energia acabasse, não a luz, porque lembro que estou em dia com a Dona Celpe. E só hoje fiquei feliz por não ter um namorado, ao menos não dei a chance dele acabar comigo nesse dia de castigo divino. Porquê? Porquêêêêê, meu Deus??

Desce uma dose bem forte de Prozac para eu dormir logo e não permitir que o meu sono também tenha acabado.

Srta. Prozac

22
jul
09

Além de fudida, esculhambada

DSC_1110Pois é…  a gente sabe que vida de liso é pá se lascar! Pobre sofre de todo jeito… o caba já mora em palafitas, como se não bastasse, vem uma chuvarada e detona tudo! Já usa roupa velha, como se não bastasse, dá uma sentadinha num banco de praça com caca de pombo e rasga os fundos! Já não tem dinheiro pra pagar à vista, como se não bastasse, falta grana também pro cartão de crédito e lá vêm os homenzinhos péssimos e mal treinados da cobrança!

Estava eu, deitada no sofá, fudida e mal paga, quando o traste do cobrador me liga…

– Senhora Eliza Sentustão?

– Sim, pois não.

– Desculpe, só pra confirmar… é Liza com ‘Z’?

– Não senhor… é com ‘S’, de liSa mesmo.

– Ok, senhora Elisa, aqui é da cobrança do seu cartão de crédito que está com 436 dias em atraso… já efetuou o pagamento?

– Meu filho, eu não tenho dinheiro pra uma cerveja gelada que, no momento, é minha prioridade, o que dirá de uma fatura de cartão?!

– A senhora precisa ter bom senso!

– Menino, me respeita, peste!

– A senhora que não está nos respeitando, nem retornou no 0800 para dar uma satisfação! Tem noção do que são 436 dias em atraso?

Puta que pariu, agora além de lisa, sou burra!

– Claaaro que tenho, infeliz! Mas, estou sem grana, e você está o que, surdo?

– A senhora vai continuar sendo devedora, ainda por cima irônica?

Fiquei bege! Quanta audácia! Esses porras não sabem que, se nós, xexêros, não existíssemos, ele perderia o emprego?

Mô véi, eu só sabia dizer “Você tá ficando doido, seu caba?” Ele me chamou de irresponsável, de inconsequente, de mentirosa… até parece que é agradável ficar inventando mentiras contando pobreza… colega, se eu fosse contar mentiras aproveitava pra contar vantagens… não me fazer de lascada (que sou).

E ele ainda por cima chama-se Rogacicley, dá pra acreditar?

Miserávi dos inferno!

Me liga, me tira do sofá vendo Senhora do Destino, me lembra que sou lisa e ainda me esculhamba! Puta que pariu! Esse é enviado do cão mesmo… ou enVEADO… acho que é isso… não, melhor (pior!), acho que ele ficou afim de mim… é… gostou da minha voz anasaladamente sexy… só pode! Chegou uma hora que parecia briga de namorados… cheia de cobranças, gritos, ofensas… é… encarei o diálogo como algo íntimo, profundo mesmo… por isso que comecei a mandá-lo tomar ali e acolá… só assim ele se tocava e desligava a merda do telefone!

Só sei que, depois de quase 20 minutos de intimidade (ha ha), o fresco encerra a ligação todo abusado, dizendo que se eu não ligar pra ele impreterivelmente em uma semana, perderei uma ótima oportunidade de descontos e facilidades em geral… ha… sei… por acaso alguém vai pagar pra mim??? Não! E qual é a “ótima oportunidade”? Só se eu fosse uma sadomasoquista que, numa frustrada tentativa de obter prazer através de xingamentos e afronta, chegasse ao delírio com a dura voz de Rogacicley abala Bangu, o homem que veio do inferno e eu mandei tomar no cu!

Ai ai… eu mereço…

Elisa Sentustão.




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